segunda-feira, 26 de agosto de 2019
sexta-feira, 23 de agosto de 2019
NARRATIVAS, FATOS E BOATOS
A palavra “narrativa” está na
moda. A construção e divulgação de narrativas permeia o universo da
comunicação, interferindo intensivamente na realidade. O “Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa” afirma que narrativa “é a exposição de um acontecimento ou
de uma série de acontecimentos mais ou menos encadeados, reais ou imaginários,
por meio de palavras ou de imagens”.
Seria simples se toda palavra
estivesse necessariamente vinculada a um objeto ou fato, ou se fosse usada para
expô-los ou comentá-los, mas não é assim. A palavra, e também a imagem, possui
um poder próprio, também capaz de criar “realidades” fictícias e, enquanto tal,
pode transformar-se num instrumento que edifica ou desconstrói.
Outras vezes, os comentários e
interpretações elaboradas se distanciam das coisas e fatos e tornam-se
“realidades”, sobrepondo-se ou assumindo o lugar das coisas e fatos
originários. Troca-se a realidade por interpretações da mesma. “Suprime-se” a
realidade e cria-se outra, que acaba por ser assumida como verdade, mas que de
fato não o é.
No Brasil, vivemos um momento, na
esfera privada, social e pública, em que a proliferação de narrativas está
criando uma situação caótica e de difícil resolução no presente e para o futuro.
Os governos e as instituições públicas, as organizações sociais, organismos
religiosos, as autoridades de todo tipo e pessoas que ocupam funções públicas
se encontram na “berlinda”.
A potencialização das narrativas,
através dos meios de comunicação social, de todo tipo, amplifica
indefinidamente o bem ou o mal que elas provocam nas pessoas, nas instituições
e na sociedade. O Brasil vive um tempo de profunda “ansiedade” e inquietação,
que gera insegurança para o cidadão, afeta o equilíbrio dos poderes instituídos,
solapa as instituições civis e, através da dúvida, gera a instabilidade
generalizada.
Somos responsáveis pelo que somos
e fazemos, também pelas narrativas que construímos e divulgamos. A ética,
iluminada pela verdade, honestidade e integridade, deve emoldurar nosso ser e
ação. A supressão da ética é o começo do fim, a antecipação do caos.
Em tempos tão difíceis para o
Brasil, é preciso exercitar o discernimento, não dar crédito simplesmente
porque algo foi publicado, mas averiguar com acuidade a veracidade dos fatos,
procurar compreender os comentários e interpretações, e somente reter o que não
se encontra em dissonância com a verdade, a honestidade e a integridade. Assim,
forme sua própria convicção e não se deixe levar como “Maria vai com as outras”,
segundo o ditado popular.
O Brasil precisa de você, de mim,
de nós. Façamos a nossa parte!
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do
Rio Preto/SP.
terça-feira, 20 de agosto de 2019
Dom Tomé presidiu Missa em mosteiro beneditino
O Bispo da Diocese de São José do Rio Preto, dom Tomé Ferreira da Silva, celebrou Missa na capela do Mosteiro de São José, Campos do Jordão, nesta manhã de terça-feira (20). Vários padres da diocese estão reunidos com Dom Tomé.
Fotos do Mosteiro de São José
Fotos do Mosteiro de São José
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