A celebração dos noventa anos de
criação da Diocese de São José do Rio Preto, em 25 de janeiro passado, em
solene Eucaristia, na Catedral, marcou a retomada das atividades pastorais em
âmbito diocesano. Foi um momento singular de agradecimento a Deus pela sua
presença e ação nestas terras do interior do estado de São Paulo. Com isso,
iniciamos a contagem regressiva para os cem anos desta Igreja Particular, o que
nos leva a um impulso missionário, isto é, um novo ardor no trabalho nos
“campos do Senhor”.
Recordo cinco pontos que marcarão
a vida pastoral da Diocese de São José do Rio Preto, neste ano de 2019, e que
todas as paróquias, comunidades, pastorais, movimentos, associações religiosas
e novas comunidades devem tomar em consideração:
- A partir da Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na primeira quinzena de maio, em Aparecida, e que elaborará as Diretrizes Para a Ação Pastoral da Igreja no Brasil, para o próximo quadriênio, iniciaremos os trabalhos de elaboração do 8º Plano Diocesano de Pastoral, para o período de 2020 a 2023. Será um empenho longo que deverá durar todo o segundo semestre deste ano de 2019. A revisão em âmbito paroquial do 7º Plano Diocesano de Pastoral (2017-2019), neste primeiro semestre, poderá ajudar nos trabalhos posteriores. Precisamos nos abrir à ação do Divino Espírito Santo para ouvirmos, compreendermos e assumirmos a vontade de Deus para nossa Diocese.
- A Igreja Católica realizará o 4º Congresso Vocacional do Brasil, de 05 a 08 de setembro, com o tema “Vocação e Discernimento”, e com o lema: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos” (Sl 25,4), como uma forma de reverberar em nossa Pátria o Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, em outubro passado, que abordou a fé e o discernimento vocacional dos jovens. Neste ano, de modo particular, precisamos estimular a vida de fé e o discernimento vocacional dos jovens, mostrando-lhes a beleza do conhecimento, amor e seguimento de Jesus Cristo, respondendo ao chamado vocacional para o matrimônio, a vida religiosa e consagrada e para o sacerdócio. Nossa Igreja é uma Igreja de ministros ordenados, por isso a promoção vocacional situa-se antes de qualquer outra prioridade.
- O Santo Padre o Papa Francisco convida a Igreja em todo o mundo a fazer do mês de outubro, neste ano, um “Mês Missionário Extraordinário”, como forma de redescobrir e assumir a dimensão missionária da vida cristã e da Igreja. Apesar de inúmeras iniciativas missionárias, em nossa Diocese, precisamos ir nos tornando verdadeiramente uma Igreja Missionária aqui, indo ao encontro dos “batizados e não evangelizados” e dos que se encontram distantes da vivência comunitária da fé e dos sacramentos, mas também voltada para outras regiões do Brasil e do mundo, a missão “ad gentes”, uma cooperação concreta e mais incisiva com alguma região missionária distante, seja no Brasil ou alhures. Neste sentido, estaremos unidos ao Sínodo dos Bispos para a Amazônia e desejamos intensificar nossa ajuda à Igreja que se encontra na Amazônia Legal Brasileira.
- A Campanha da Fraternidade 2019, com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas”, com o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça”(Is1,27), orientará nossa ação social ao longo deste ano. Não há vida de fé sem caridade. E a caridade possui múltiplas expressões que vão do pessoal ao comunitário e deste ao social, passando necessariamente também pela política, horizonte das políticas públicas. Nós cristãos somos chamados a nos empenharmos efetivamente na gestão destas políticas públicas, nas suas mais diversas expressões, pois são meios efetivos de caridade que atinge a muitos ao mesmo tempo, através da promoção da justiça para todos. As pastorais sociais devem ser assumidas e promovidas como expressões da caridade voltada para o bem comum.
- Prosseguindo nos esforços dos anos anteriores, precisamos continuar trabalhando a Iniciação à Vida Cristã como itinerário para formar discípulos missionários, sobretudo com os adolescentes, jovens, adultos e idosos. As orientações do Documento 107 da CNBB são luzes que devem ser traduzidas em passos concretos nas nossas paróquias, comunidades, pastorais, movimentos, associações religiosas e novas comunidades. Não basta informar, mas “formar” a pessoa para o amor e o seguimento a Jesus Cristo, na Igreja.
Vamos iniciar bem o nosso ano
pastoral, no desejo de uma fidelidade amorosa a Nosso Senhor Jesus Cristo,
felizes por pertencermos à sua Igreja. Estejamos abertos à luz do Divino
Espirito Santo para que ele nos ilumine no discernimento dos sinais dos tempos,
nos predisponha para abraçarmos a vontade de Deus e nos fortaleça diante dos
desafios da ação evangelizadora da Igreja.
Amplexo e todo bem!
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do
Rio Preto/SP
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