São José, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria e padroeiro da Igreja. São
José é recordado duas vezes na liturgia da Igreja Católica Apostólica Romana:
em dezenove de março, como solenidade; e primeiro de maio, com o título de São
José Operário, como memória facultativa. Celebramos o mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo na
vida de São José, membro da Sagrada Família e inspiração para os trabalhadores.

São José, da família de Davi. Cumprindo a promessa feita a Davi (cf
2Sm 7, 4-16), através de São José é garantida a Nosso Senhor Jesus Cristo a
ascendência davídica, conforme descrito no evangelho de São Mateus 1, 1-16. A
genealogia descrita termina com estas palavras: “Jacó gerou José, o esposo de
Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.” Ao acolher Nossa Senhora
como esposa, São José acolhe legalmente Nosso Senhor Jesus Cristo como filho e
garante a Ele o vínculo com Davi e Abraão: “Livro da origem de Jesus Cristo, filho
de Davi, filho de Abraão”(Mt 1,1).
São José, um peregrino. Os
evangelhos mostram que São José realiza três peregrinações: de Nazaré a Belém
(Lc 2,4); de Belém ao Egito (Mt 2, 14); do Egito a Nazaré (Mt 2, 19-23). Pensar
São José como peregrino, para preservar a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e
de Nossa Senhora, é contemplá-lo à sombra das grandes peregrinações vétero-testamentárias,
sobretudo de Abraão e Moisés. São José fez-se um peregrino pela causa do Reino
de Deus, presente em Nosso Senhor Jesus Cristo.
São José, cumpridor da Lei. São José era frequentador do Templo, em
Jerusalém: leva o Menino Jesus e Maria, após o nascimento, para cumprir as
prescrições da circuncisão e apresentação do Menino e a purificação da Mãe (Lc 2, 21-24); era seu costume ir ao Templo por ocasião da
festa da Páscoa (Lc 2, 41-51). A sua
atenção à Lei mostra um aspecto da sua justiça: “José, seu esposo, sendo justo
(...)”(Mt 1,19). Ele contribui com sua práxis para introduzir Nosso Senhor
Jesus Cristo na “fé judaica”.
São José, atento à Vontade de Deus e pronto para agir. Ao tomar
consciência da gravidez de Nossa Senhora, São José, em sonho, é informado dos
planos de Deus (Mt 1, 18-25). Ao final, a sua atitude é resoluta: “Quando
acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa”
(Mt 1, 24). Semelhante discernimento e resolução ocorre por ocasião da “fuga
para o Egito”(Mt 2, 13-15). Conhecendo a Vontade de Deus, São José não
titubeia, mas crê, confia e faz sua a Vontade de Deus, participa como
“coadjuvante” da História da Salvação, pronta e humildemente.
São José, servo bom, prudente e
fiel, rogai por nós!
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do
Rio Preto/SP
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