O dia primeiro de janeiro é o
“Dia mundial da Paz e da Fraternidade Universal.” A paz é um desejo genuíno e profundo que nasce i. é
cultivado no coração humano. Somos irmãos, partilhamos a mesma natureza humana,
recebida como dom de Deus, nosso Criador e Salvador. Nosso Deus é o Deus da Paz
e nos propõe viver em paz e a edificá-la na convivência social.
A Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil, CNBB, nos convoca para fazer de 2015 um “Ano da Paz”, como resposta
a uma violência multifacetada e generalizada que se espalha pelo País e
torna-se um problema social que clama aos céus e exige dos governantes uma
política pública de segurança que seja eficaz, proteja os cidadãos e permita-lhes
viver em paz.
A violência institucionalizada,
estrutural, em suas múltiplas manifestações, nasce, em última instância, do
coração humano e se manifesta primeiramente no indivíduo e se alastra na família,
nos grupos e instituições sociais, povos e nações. Variados fatores, de ordem pessoal e social, levam os
cidadãos ao uso da violência. As desigualdades sociais e o consumismo
exacerbado, fruto da criação ininterrupta de novas e artificiais necessidades,
constituem uma moldura que sustenta, estimula e alimenta a cadeia da violência.
Um componente que potencializa a ação
violenta é o consumo de bebidas alcoólicas e de drogas, fato sem nenhum
controle e que cresce a passos largos, sem perspectiva de diminuição e
extinção. Além da inexistência de uma vontade política firme e contínua para
combater o tráfico e o consumo de drogas lícitas e ilícitas, faltam políticas
públicas consistentes, nos diversos níveis de governo, de combate ao consumo e
comércio de bebidas alcoólicas e drogas.
O Papa Francisco propõe para o
dia primeiro de janeiro de 2015, Quadragésimo Oitavo Dia Mundial da Paz, uma
mensagem intitulada “Não mais escravos, mas irmãos”, que está em consonância e
continuidade com a mensagem do primeiro dia do ano de 2014 “Fraternidade,
fundamento e caminho para a paz.” O olhar do Santo Padre dirige-se para
horizontes mais amplos, reconhecendo que no mundo parcelas significativas das
sociedades vivem escravizadas ou em condição análoga a de escravidão. A sua
mensagem é uma convocação para a promoção da fraternidade entre povos e
culturas, chamando as nações enriquecidas a gestos substanciais de
solidariedade que possam eliminar questões que denigrem a dignidade humana como
a fome, a miséria, condições insalubres de vida, falta de liberdade e de
trabalho.
Estamos iniciando o ano novo de
2015, um tempo de graça, dom de Deus que nos permite continuar vivendo e
construindo este novo tempo. Como projeto de vida para este novo ano podemos
nos comprometer a viver em paz e a promovê-la na família, nas instituições em
que participamos e na sociedade. Podemos fazer muito: assimilar em nossa vida a
paz de Deus que nos é dada por Nosso Senhor Jesus Cristo; abolir o consumo de
bebidas alcoólicas e drogas; buscar uma convivência fraterna e amiga na
família, na escola, no trabalho, no bairro e na cidade; combater a desigualdade
social, para isto fazendo uso da solidariedade como expressão da caridade;
combater o consumismo nefasto; exigir dos governantes políticas públicas eficazes
que combatam o tráfico e consumo de drogas e promovam a segurança dos cidadãos.
Acolha minha saudação e amplexo
de Ano Novo! Deus nos abençoe! Que ao longo de 2015 não nos falte o carinho
terno e materno de Nossa Senhora, Mãe de Deus.
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do
Rio Preto/SP.
Que a Paz de Deus e Nossa Senhora esteja sobre nós em 2015.
ResponderExcluirSinto-me muito feliz em ter tido o Senhor como companheiro na antiga Cruzada Eucarística.
Sua benção Dom Tomé.
Maria Elena