
O texto da Carta inicia-se com a
Palavra do Papa Francisco, retirada da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium,
n.1 : “ A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se
encontram com Jesus. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria.” A
palavra dirigida a todos os fiéis, é agora evocada para os consagrados, pessoas que vivem na alegria de Nosso Senhor Jesus
Cristo pobre, casto e obediente.
No horizonte da recordação dos
cinquenta anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, estimulados pelo Ano da Vida
Consagrada, é bom retomar o Decreto Conciliar “Perfectae Caitatis”, sobre a
atualização dos religiosos. Como surgiu este Decreto?
“A comissão preconciliar dos
Religiosos elaborara um longo projeto de Constituição, com mais de 100 páginas
de texto e um total de 32 capítulos. Depois, em sua segunda redação, o texto
fora reduzido a 30 páginas. Após nova ordem de redução, restaram 4 páginas, na
forma de 20 Proposições, que foram enviadas aos Bispos em abril de 1964. Em
novembro de 1964, durante a III Sessão, o texto foi rapidamente debatido e logo
depois votado. Mas os 5638 votos modificativos ajudaram a melhorar o texto, que
de fato foi sensivelmente modificado e aumentado. Na votação final durante a
Sessão Pública de 28-10-1965 o documento foi aprovado por 2321 contra 4 votos.”
Os fiéis que abraçam a vida
consagrada se colocam no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo com maior
liberdade e procuram imitá-LO mais de perto: “ (...) consagram-se de maneira
especial ao Senhor, seguindo a Cristo, que sendo virgem e pobre (cf Mt 8, 20;
Lc 9,58), pela obediência até a morte da Cruz (cf Fl 2, 8), redimiu e
santificou os homens. Assim, levados pela caridade que o Espírito Santo
derramou em seus corações (cf Rm 5,5), mais e mais vivem para Cristo e para Seu
corpo que é a Igreja” (cf Vat. II, 1217 e 1217a).
Os consagrados, respondendo ao
chamado divino, mortos para o pecado, no batismo, renunciam livremente ao mundo
para viverem unicamente para Deus, consagrando-se ao seu serviço, através da
Igreja. O serviço de Deus é experimentado por eles através do exercício das
virtudes, sobretudo da humildade, da obediência, da fortaleza e da castidade,
através das quais se fazem participantes do aniquilamento de Cristo e da vida
no Espírito Santo. Eles abandonam tudo por Cristo, seguem-no como único
necessário, escutam sua Palavra e se
preocupam com o que é d’Ele.
Os consagrados vivem o primado da
vida espiritual: amam a Deus, promovem a vida oculta com Cristo em Deus,
cultivam o espírito de oração, se alimentam da Sagrada Escritura, da Sagrada
Liturgia, sobretudo da Eucaristia. Ao mesmo tempo, a vida dos consagrados está
impregnada de espírito e ação apostólica, inspiradas pela fé e espírito
religioso. Uma vida apostólica que brota de íntima comunhão com Nosso Senhor
Jesus Cristo.
O consagrado, vivendo a virtude
da castidade por amor do Reino dos Céus (cf Mt 19,12), vive com coração livre
para o Senhor, seu Esposo, e para os outros. Pela pobreza voluntária, participa
da pobreza de Jesus Cristo que de rico se fez pobre por nós (cf 2 Cor 8,9; Mt
8,20). Confiado na Providência Divina, sabe que sua riqueza está no céu (cf Mt
6,20). Pela obediência, o religioso dedica a Deus a própria vontade como
sacrifício de si próprio.
O Ano da Vida Consagrada é para
todos os fiéis. Seja este tempo de graça, kairós, oportunidade para compreender
a vida religiosa como parte da natureza da Igreja, reconhecer os religiosos que
trabalharam e trabalham na Diocese de São José do Rio Preto e promover as
vocações à vida consagrada, mostrando aos adolescentes e jovens a beleza do
seguimento a Nosso Senhor Jesus Cristo pobre, casto e obediente.
No dia 03 de dezembro, 19 horas, no Santuário da Vida – Rede Vida de
Televisão, em São José do Rio Preto, em comunhão com a Igreja e o Santo Padre o
Papa Francisco, assinalamos publicamente o início do Ano da Vida Consagrada com
a celebração da Santa Missa.
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do
Rio Preto/SP
A bênção, D Tomé!
ResponderExcluirA vida consagrada nos moldes aí propostos estão em prefeita consonância com o S Evangelho, no sentido de a pessoa dedicar-se integralmente a Deus e à Igreja, não se dividindo entre ela e o mundo, e S Paulo ensinou que quem tem esposa cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa e fica dividido... ! Cor 7 33-34
Vejam o que sucede com varios pastores protestantes, alguns ganham manchetes: casados, porém envolvidos em casos passionais os mais diversos, como em traições, segundos ou mais "casamentos", além de participações em trapaças financeiras e péssimos outros exemplos, como na política, sempre recordados em cassações, apoiadores de comunistas ou de corrruptos, a ponto de os protestantes, de modo geral, com toda razão, suspeitarem bastante de seus líderes como confiáveis!
E os pastores e obreiros protestantes ainda por cima recomendam sempre que os padres se casem para "aplacarem-lhes as paixões".
De fato, são ótimos exemplos comportamentais para Satã e suas legiões não colocarem defeito algum, além de um bando de relativistas religiosos, reinos divididos contra si mesmos por engalfinharem-se em incessantes desavenças entre si em defesa da "integridade da verdadeira fé".