Para a Igreja Católica Apostólica
Romana, o mês de outubro é quase sinônimo de “MISSÕES AD GENTES”. A expressão
“ad gentes”, de origem latina, é usada
para designar a missão que se realiza junto a
povos, nações e culturas que não são os nossos. Diante de tantas
vertentes da missão, é importante salientar que no mês de outubro se quer
recordar sobretudo as missões estrangeiras, e não tanto a dimensão missionária
da fé pessoal, a paróquia missionária, a missão continental ou experiências
missionárias em solo pátrio.
Estamos no contexto da celebração
dos 50 anos da publicação do “Decreto ‘Ad gentes’ sobre a atividade missionária
da Igreja”, documento do Concílio Vaticano II, promulgado em 07 de dezembro de
1965, com as orientações para a vida missionária na Igreja. O texto percorreu
um longo caminho, que pode ser sintetizado assim:
“A Comissão das Missões elaborou na fase pré-conciliar
sete esquemas de decretos. Em fins de 1962 a Comissão viu-se forçada a rever e
abreviar os textos resultando daí um novo esquema (março de 1963). Em setembro
do mesmo ano a Comissão redigiu um terceiro ensaio, que, sem ser discutido na
Aula Conciliar (II Sessão), recebeu tantas críticas que já em fins de 1963 foi
substituído por um quarto projeto, remetido aos Bispos em janeiro de 1964. Em
abril daquele mesmo ano a Comissão recebeu ordens superiores no sentido de
reduzir tudo a algumas proposições. Em maio de 1964 este esquema de 13
Proposições (quinta redação) estava pronto e foi enviado aos Bispos para ser debatido
na Aula Conciliar durante a III Sessão. Apresentado e louvado pelo próprio Papa
Paulo VI, o projeto foi discutido nos dias 6 a 9 de novembro de 1964,
fortemente criticado pela maioria dos Oradores e, na votação de 9/11/64,
rejeitado por 1601 contra 311 Padres Conciliares. Redigiu-se então novo esquema
(sexta redação), enviado aos Bispos em junho de 1965 e discutido nos dias 7 a
13 de outubro (IV Sessão). Pela sétima vez revisto, o texto foi afinal
submetido ao sufrágio dos Padres nos dias 10 e 11 de novembro, quando recebeu
1750 votos modificativos. Fez-se então a derradeira e oitava revisão,
donde resultou o atual texto, votado e aprovado no dia 30/11/65. No sufrágio da
Sessão Pública de 7/12/65, o documento recebeu o voto favorável de 2 394 Padres,
contra apenas 5. E foi promulgado.”
São muitos os modos para viver
missionariamente a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Inúmeras são as maneiras de
participar de atividades missionárias na paróquia e na diocese. Hoje, não só
ministros ordenados e religiosos partem em missão, mas também leigos, leigos
consagrados e famílias inteiras são enviados para outras nações e povos para
semearem a fé no Divino Salvador em
outras culturas. Recordo-me de uma médica, de São Paulo, que foi como
missionária para a África, movida pela fé, para trabalhar em um projeto
preventivo para barrar a propagação do HIV. Conheço “famílias neocatecumenais”
que partiram para a missão, abandonando emprego e outras comodidades.
Religiosos e religiosas que partem sem olhar para trás, alguns deles para não
mais voltar. Há pouco tempo ordenei sacerdote, no estado de Santa Catarina, um
religioso Vicentino, Lazarista, que desde seminarista optou em ser missionário
na África e lá fez os estudos de teologia e lá se encontra como neosacerdote.
A Diocese de São José do Rio
Preto alegra-se com a Fraternidade Franciscana na Providência de Deus, com sede
em Jaci, que abriu uma frente missionária no Haiti, com assistência religiosa,
mas também creche, consultório odontológico e padaria. Ao Frei Francisco e seus
confrades o nosso aplauso e reconhecimento. Você pode “adotar à distância” uma
criança ou adolescente atendidos por algum projeto da Fraternidade no Haiti,
você faz a doação mensal aqui e o valor
é remetido para a comunidade missionária lá. Que tal?
Podemos e devemos ajudar as
missões em outros países com nossa doação em dinheiro, não um valor qualquer,
mas algo realmente representativo. Conheço uma pessoa que durante todo o ano
junta moedas para doá-las à missão; também uma família que produz enxovais
infantis, durante todo o ano, vende-os e destina o resultado à missão. E você,
o que pode doar para as missões estrangeiras? Quem ajuda no financiamento da
missão, tem mérito de missionário. Celebremos os 50 anos do Decreto Ad Gentes
contribuindo eficazmente com as missões, faça a sua oferta generosa nos dias 18
e 19 de outubro em qualquer missa que participar, em qualquer igreja católica
apostólica romana do mundo inteiro.
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do Rio Preto
A bênção, D Tomé!
ResponderExcluirJá que as eleições estão aí, confiram. no YOU TUBE, em apenas 5,14:
"Padre Rodrigo Maria diz que católicos não podem votar no PT"!
Ele se especializou nessa área de combate aos comunistas, caso PT, e com toda razão os vetar, pois a comunista presidente Dilma, além de seu esquerdismo anti católico, apoia até os terroristas do "Estado Islãmico" que mataram e desterraram dezenas de milhares de cristãos na Siria e Iraque e persistem - votar nela mantém apoio à morte de cristãos - assim como avaliza os terroristas do Hamas que atacavam os judeus e foram sufocados recentemente por Israel e muito mais ainda farão, com os votos de seus eleitores.
Comunistas e muçulmanos sempre se entendem bem: têm arraigado ódio aos cristãos, à Igreja católica, e à civilização ocidental do tronco judaico-cristão.