
A dinâmica da 18ª Assembleia
Diocesana de Pastoral é marcada por cinco momentos: a concelebração da Santa
Missa, o conhecimento das Pastorais e Obras Sociais na Diocese, as reflexões
sobre: “Paróquia e Pastorais Sociais,
desafios e perspectivas”, “Relação entre Igreja e Governo no Brasil,
implicações para as Obras Sociais” e “A Dimensão Social da Fé e a
Missionariedade”.
A fé cristã, centrada na pessoa
de Nosso Senhor Jesus Cristo, possui uma dimensão social, que nasce e vide da
Caridade, vida de Deus em nós, fruto da presença do Divino Espírito Santo que
recebemos nos sacramentos do Batismo e da Crisma. Individualmente, somos
movidos à caridade na relação com o outro, dele nos fazendo próximo, nas mais
diversas circunstâncias e contextos de nossa vida, a começar na família, a
pequena Igreja.
A fé em Nosso Senhor Jesus Cristo
tem necessariamente uma dimensão
comunitária que vai além da família, a pequena Igreja, e se materializa nos
grupos e comunidades que se abrem à paróquia, e na Diocese, que dá vida às mais
diversas paróquias e outras expressões de vida eclesial. Na Igreja, a dimensão
social da fé é cristalizada nas Pastorais Sociais, que são inúmeras, e nas
Obras Sociais, que são variadas. Como não há Igreja sem a Caridade, não há
Igreja sem Pastorais e Obras Sociais que sistematizam, de algum modo, a
dimensão social da nossa fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Ação Social da Igreja não pode
estar desvinculada do anúncio querigmático de Nosso Senhor Jesus Cristo e da
evangelização. A caridade da Igreja se dirige a todos, indistintamente. Mas a
todos a Igreja deve propor o encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo, o
nosso único e insubstituível Divino Salvador, como Ele mesmo expressou antes de
sua Ascensão ao Céu: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova do Reino de
Deus a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será
condenado”(Mc 16,15-16). Diz o Papa Francisco que “ A pobreza maior é a falta
de Jesus Cristo”. Não há caridade sem
evangelização, não há evangelização sem caridade.
A Ação Social da Igreja, para
além do atendimento imediato do empobrecido, deve ajudar os fiéis a construir
uma sociedade justa e fraterna que leve em consideração os valores sociais da
fé, desenvolvidos pela Doutrina Social da Igreja, que ajudam a pensar as
relações interpessoais na sociedade, combatendo as manifestações sociais e
estruturais do pecado.
São Vicente de Paulo, o Santo dos
empobrecidos e da formação do clero, afirma: “A Caridade é uma dama, faz-se
necessário cumprir o que ordena.” Que
Deus nos ajude a viver a dimensão social de nossa fé e a conduzir as
pessoas a um encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo.
+ Tomé Ferreira da Silva
Bispo Diocesano de São José do
Rio Preto/SP
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