Uma congregação religiosa nasce de uma inspiração do Divino Espírito Santo que coloca no coração do fundador um carisma, um dom, a ser explicitado na vida da Igreja e do mundo, como resposta a um sinal dos tempos ou a uma necessidade específica. A vida religiosa e consagrada faz parte da natureza e da vida da Igreja, ela está presente desde as suas origens, mas assumindo feições diferentes ao longo dos tempos.
A Vida Religiosa e Consagrada pode ser ativa ou contemplativa. A expressão “ativa” designa os religiosos que possuem um trabalho pastoral inserido na sociedade e nela realizam uma intervenção através de uma multiplicidade de ações e instituições de caridade, educação, saúde, promoção cultural e evangelizadora. Muitas congregações se encontram diretamente envolvidas no trabalho pastoral nas paróquias.
A expressão “contemplativa”, aplicada à Vida Religiosa e Consagrada, designa as comunidades religiosas que se dedicam sobretudo à vida de oração litúrgica e silenciosa em conventos, mosteiros e abadias. A sua oração contínua é a sua intervenção na vida da Igreja e da sociedade, pois residem em regime de clausura, isto é, vivem uma vida reservada com contato físico limitado com o mundo.
Hoje há uma nova realidade emergente, denominada de “Novas Comunidades”, que se desenvolve em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil, atraindo muitos jovens a uma especial consagração. A organização destas Novas Comunidades não é a mesma da Vida Religiosa e Consagrada, embora tenham elementos semelhantes, mas ainda lhes falta uma explicitação canônica da sua natureza na Igreja.
Deus nos chama à santidade e felicidade. Na oração, é preciso perguntar a Ele: O Senhor me quer santo e feliz na Vida Religiosa e Consagrada, na Vida Sacerdotal ou na Vida Matrimonial e Familiar? É Deus que diz como nos deseja santos e felizes. Escutar, discernir e obedecer ao desejo de Deus é condição para uma vida feliz, santa e profícua. Muita vida infeliz pode ser resultante do fato de não se ter acolhido a vontade de Deus.
A Vida Religiosa e Consagrada, no desejo de uma singular configuração com Nosso Senhor Jesus Cristo, propõe aos seus membros um tríplice voto: pobreza, obediência e castidade. O empobrecimento voluntário é o exercício de dispensar todo supérfluo, de partilhar o que se possui com outras pessoas que fazem a mesma experiência, de confiar na ação da Providência Divina e só ter para si o necessário.
A obediência aos superiores, na Vida Religiosa e Consagrada, é manifestação do desejo de realizar na vida a mesma obediência que Nosso Senhor Jesus Cristo tinha diante de Deus Pai. Para Nosso Senhor Jesus Cristo, obedecer ao Pai era fazer a sua vontade. No exercício cotidiano da obediência, o religioso e consagrado vê nos seus superiores a manifestação da vontade de Deus através da Igreja.
A vida de castidade, incluindo a renúncia ao matrimônio e a uma vida sexual ativa, é expressão de uma consagração ilimitada a Deus e à Igreja. Num tempo erotizado como o nosso, viver castamente é um gesto por si só profético, que exige além da graça de Deus, um empenhativo esforço do religioso e consagrado. Vive-se a castidade por amor ao Reino de Deus, como Nosso Senhor Jesus Cristo a viveu.
Nossa saudação e gratidão aos religiosos, consagrados e membros das Novas Comunidades pelo que são e realizam na vida da Igreja e do mundo. Caro adolescente e jovem, não tenha medo de dizer sim a Nosso Senhor Jesus Cristo se Ele o chama para a Vida Religiosa e Consagrada ou a ser participante de uma Nova Comunidade.
+ Tomé Ferreira da Silva.
Bispo Diocesano de São José do Rio Preto\SP.
Meu Bispo, estou com o Sr., rezo todos os dias pelo seu episcopado.
ResponderExcluirSofrer calunias, perseguições é abraçar a cruz de Nosso Senhor. Cristo foi caluniado, recebeu bofetadas, escarro, e sofreu tudo isso em silêncio, como um cordeiro. Vejo claramente que o Sr. segue o exemplo de Dele, não está sozinho, a final quem está com Cristo não teme nada.
O Sr. não está só, seu rebanho fiel está unido com orações.
Rafael Christiano.